O rio Itapecerica de Divinópolis requer maior atenção


Chegou a hora de fazer as contas e ver o que vai sobrar do rio Itapecerica e dos mananciais que o alimentam. Politicagem de lado, mangas arregaçadas, espírito de cooperação e mutirão (como estimulava o saudoso Simão Salomé de Oliveira), são as melhores atitudes.
Memórias de uma época - VI

20170422

Brasileiro ou brasiliano

Hoje é um dia especial para colocar
o Brasil em perspectiva

Bem antes de 1500

Conhecido dos portugueses da Tercena Naval de D. Henrique I, o Navegador, bem antes de 1500, o nome "Brasil" já constava de um mapa elaborado por mareantes e cientistas da escola naval de Sagres. Esse mapa de 1436 encontra-se na mapoteca do Itamaraty.

A carta induz a pensar que "Brasil" foi um dos nomes que os mareantes deram a esta parte do continente (percebido como uma ilha longínqua), alcançável por correntes marítimas. Para os navegadores, era a "ilha das árvores vermelhas", madeiras pesadas de cerne e seiva vermelhos como um braseiro. Para os tupi/ guarani era Pindorama (Terra das Palmeiras).

Depois que os navegadores portugueses finalmente tomaram posse das terras em 22-04-1500, havia muita indecisão quanto ao nome a ser dado à "ilha":

Ilha de Vera Cruz (1500)
Terra Nova (1501);
Terra dos Papagaios (1501);
Terra de Vera Cruz (1503);
Terra de Santa Cruz (1503);
Terra de Santa Cruz do Brasil (1505);
Terra do Brasil (1505);
Brasil (1526).

Percebe-se nesses nomes a influência marcante dos navegadores portugueses remanescentes dos Templários ("Cavaleiros da Ordem de Cristo") e instruídos na "tercena naval de Sagres".

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O gentílico “brasileiro”

O gentílico 'brasileiro' popularizou-se na Europa, principalmente, entre os portugueses, por causa dos traficantes franceses que extraíam e comerciavam o pau-brasil (Caesalpinia echinata) na Europa.

A Constituição Imperial de 1824 poderia ter oficializado o gentílico “brasiliano”, mas ainda sob forte influência portuguesa, os constituintes optaram por “brasileiro” – mesmo sendo adjetivo ou substantivo não usado em outras línguas. Em italiano é “brasiliano”; em alemão: “brasilianer”; em inglês: “brasilian”; em francês: “brasilien”; em espanhol: “brasileño”; em russo: “brasilisky”; em grego é “brasilianos” – como lembra o Pedro Flora.

Mas, o que isso pode ter a ver com nossa gente e nossa pátria?

Tenho procurado essa resposta e hoje a encontrei num artigo analítico do empresário brasiliano Thomas Korontai, escrito em 2009, com a mesma preocupação. O sufixo “-eiro” torna depreciativa a nacionalidade, por remeter a algo ilegal como ocorreu com o pau-brasil e com ouro contrabandeado.

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Ser brasiliano é outra coisa

“Ser brasiliano é ser cidadão de verdade, de primeira classe, que não aceita mais imposições estúpidas, embora legalmente válidas, que invadam sua privacidade, relativizem seus direitos, não aceita ser extorquido, não espera tudo pronto – faz acontecer.

“Cidadão não diz que a política é abjeta, pois se a mesma estiver sendo, toma providências, não apenas reclamando, denunciando, o que já é importante, mas agindo objetivamente quando está diante de um projeto objetivo de transformação, seja local, estadual ou nacional. Não se omite, não diz que “isso não é comigo”.

“Cobra de quem prometeu, guarda os nomes em quem votou. Participa de partidos políticos e exige ser ouvido e que a democracia nos mesmos seja a mesma que tanto defendem em discursos e programas.

“Ser brasiliano é ser cidadão que sabe que as ações locais, com responsabilidade local, é o certo, pois financiar um grande paizão federal é burrice, ele sabe que aonde se concentra dinheiro e poder sobre corrupção e bandalheira.

“Ser brasiliano e exigir e agir por um País melhor a cada dia, assim como por seu estado e seu município, seu bairro e sua Família, até por sua empresa, seja como patrão ou como empregado.

“Ser brasiliano é deixar de ser “eiro”, deixar de financiar embusteiros, de, como súditos, pagar a conta da corrupta realeza que se encastelou em Brasília.

“Ser brasiliano é ser humano de verdade. Ser brasiliano é ser dono de sua vida, é ter direito para buscar sua própria felicidade, respeitando sempre o espaço de outros brasilianos.”



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