O rio Itapecerica de Divinópolis requer maior atenção


Chegou a hora de fazer as contas e ver o que vai sobrar do rio Itapecerica e dos mananciais que o alimentam. Politicagem de lado, mangas arregaçadas, espírito de cooperação e mutirão (como estimulava o saudoso Simão Salomé de Oliveira), são as melhores atitudes.
Memórias de uma época - VI

20100121

É possível prever terremotos

Uma lista de eventos que precedem a um terremoto, segundo observações em várias partes do mundo


Rua de Porto Príncipe (Haiti), antes do terremoto

A previsão de sismos ainda é uma vunerabilidade da ciência geológica, como afirma Ulisses Capozzoli (Scientist American BR), em matéria d’A Página Com a força de um coração cósmico, mas as recomendações do geólogo Frank Don, autor do livro As transformações que a Terra vai sofrer (Rio de Janeiro, Record, 1981), continuam muito pertinentes e úteis. Para esse autor, “um dos mais importantes aspectos para a preparação de condições para enfrentar os terremotos é a educação do povo”. E cita os chineses e japoneses, entre outras nações sujeitas a atividades sísmicas, como exemplos de que a educação e a preparação reduzem bastante o impacto dessas catástrofes.
E possível, mesmo, que a melhor solução ainda seja a de procurar mitigar os efeitos com o conhecimento das consequências de nossas ações e de um preparo bem ordenado para os possíveis terremotos do futuro (Don, 1981).
Existe uma lista de eventos que precedem a um terremoto, segundo observações científicas em várias partes do mundo, coligidas por Don (1981). Quase todos os eventos estão ligados a um fenômeno conhecido como dilatação, que causam algumas transformações anômalas como estas:

1) o solo eleva-se ou inclina-se (de dois a cinco centímetros) para fora do subsequente epicentro, algumas semanas antes de ocorrer;

2) pequenos tremores ou choques ocorrem várias vezes antes do choque principal;

3) antes das atividades de terremotos, as rochas sob pressão ficam saturadas de fluídos, mostrando forte dimunuição da resistencia elétrica;

4)algumas horas antes da manifestação do sismo há mudanças nos campos magnéticos locais, o que, juntamente com outras anomalias, podem ser decisivos na previsão;

5) comportamento de animais fora do comum (que começa algumas horas, dias e até semanas antes), associadas a mudanças nos campos magnéticos locais, podem indicar iminência de terremoto: inquietação de galinhas, gado amedrontado (correndo para ou) nos currais, cães latindo desesperadamente, ratos tontos correndo pelas ruas, formigas carregando seus ovos e fugindo em migração massiva, os patos e aves aquáticas correm para a terra seca, animais selvagens (normalmente inquietos nos cativeirtos) ficam estranhamente quietos etc., são os sinais mais corriqueiros.

6) estranhas alterações nas pressões dos fluídos subterrâneos, com inesperadss variações no fluxo de nascentes e córregos, também podem ser um aviso para iminentes deflagrações, inda mais se for constatada a presença de gás radônio na água de minas, poços artesianos ou cisternas;

7) variação anormal na velocidade das ondas sísmicas, detectadass alguns meses antes do sismo, podem dar idéia da sua possível magnitude.

Outro dado importantes sobre a magnitude e a hora aproximada do terremoto refere-se ao perímetro da área onde ocorrem as mudanças:
Quanto maior for a região sobre a qual acontecem tais efeitos, maior será o terremoto e mais longe estará a hora de sua chegada. Por exemplo, se as mudanças em fenômenos geofísicos forem medias durante um período de trinta dias antes de voltarem aos seus valores normais, a probalidade será que o terremoto ocorrerá dentro de três dias depois da volta ao normal. Se as medias forem medidas durante noventa dias antes da volta ao normal, o terremoto ocorrerá nove dias depois dessa volta. (Don, 1981)
Diante dessas observações, tem-se que os geólogos já sabiam dos eventos que se anteciparam à catástrofe, e pouco ou quase nada fizeram para mitigar seus efeitos. A morte de milhares de pessoas não é tão triste quanto isso. Essa atitude sim. Para aquelas pessoas miseráveis, a morte foi uma libertação; para os que ficaram, dor e sofrimento, sem fim.

Deve ser difícil para os omissos dormirem com um estrondo desses!

E não serve a desculpa do custo dos preparativos e dos problemas da expectativa e da ansiedade que as pessoas teriam de suportar.
Se for possível salvar vidas e mitigar o sofrimento humano por meio de um sistema de alerta com base nas técnicas de previsão, então a ansiedade e o custo dos preparativos para um só alarme falso ou duas previsões erradas valeriam bem o preço de uma só previsão certa.

 Porto Principe (Haiti) - uma cidade de favelas, antes do terremoto


Leia mais sobre o terremoto no Caribe, em matérias d’A Página Com a força de um coração cósmico e em Haiti devastado

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