O rio Itapecerica de Divinópolis requer maior atenção


Chegou a hora de fazer as contas e ver o que vai sobrar do rio Itapecerica e dos mananciais que o alimentam. Politicagem de lado, mangas arregaçadas, espírito de cooperação e mutirão (como estimulava o saudoso Simão Salomé de Oliveira), são as melhores atitudes.
Memórias de uma época - VI

20100220

Um mundo com armas nucleares

Se o brilho de mil sóis aparecesse no céu, seria como o esplendor do todo-poderoso. Eu me torno a morte, o destruidor de mundos... Baghavad Gita


O mal uso da energia nuclear seria a bomba atômica, e isso poderia acontecer em muitas partes do mundo. O chefe da equipe de cientistas que descobriu o poder de fissão do átomo, e viu explodir a primeira bomba, em Hiroxima (Japão, 16/07/1945) – Robert J. Oppenheimer do Projeto Manhattan, morto em 1967 – disse, diante do intenso clarão e calor de sua invenção: “Nosso trabalho mudou as condições nas quais os homens vivem, mas o uso feito dessas mudanças é um problema dos governos, não dos cientistas”.

Agora a ameaça da bomba nuclear volta a rondar o planeta, desde o Irã e a Coréia do Norte, desde o Paquistão e a Índia, desde os Estados Unidos e a União Européia, a China e a Rússia e outros países discretos. Entretanto, a mistura de política e religião do Irã de Ali Khamenei, e a valentia do ditador norte-coreano Kim Jong-il causam dúvidas sobre o emprego da energia nuclear para fins pacífico, revelando a intenção militar.

O comunicado oficial divulgado, nesta sexta 19, pela agência estatal norte-coreana KCNA destoa do reiterado compromisso de Kim Jong-il (último dia 8) de desnuclearizar a Península Coreana.
Seria um erro de julgamento, da parte da comunidade internacional, acreditar que Pyongyang abandonará as bombas atômicas em troca de uma ajuda econômica. (...) A Coreia do Norte tem desenvolvido armas atômicas para sua própria defesa e não para ameaçar ninguém ou para receber favores econômicos ou recompensas”
Nesta mesma sexta, o aiatolá Ali Khamenei inaugurou o destróier Jamara (moderna embarcação dotada de mísseis terra-ar), descartando as ambições armamentistas de Teerã, que se recusou a implementar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, manteve em operação a usina de Natanz e anunciou a construção de outras 10 usinas:
Voltamos a ouvir de americanos e europeus as mesmas palavras absurdas de que o Irã pretende fabricar armas nucleares (...) As acusações do Ocidente são infundadas. Nossas crenças religiosas nos impedem de ter esse tipo de armas. Não acreditamos na arma atômica nem queremos consegui-la.

Foi uma reação a um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), divulgado na véspera, segundo o qual o Irã não tem dado mostras de sua intenção pacífica com a energia nuclear.

Para aumentar a suspeita, a advogada iraniana Lily Mazahery, em entrevista ao Correio Brasiliense, teria confidenciado que seus clientes (ex-funcionários de usinas nucleares e companhias revendedoras de tecnologia nuclear ao Irã) lhe confirmaram as aspirações bélicas do aiatolá Ahmadinejad: “O Irã pretende ser respeitado e temido pelo mundo (...) Teerã não quer que Israel seja superior em qualquer nível." A advogada teria lembrado ainda que o regime de Teerã patrocina o terrorismo ao redor do mundo, desde há tempos: “Ao desenvolver as capacidades nucleares, o país pode ameaçar vendê-las para grupos terroristas”.

A par desses fatos, observadores acreditam que a Coréia do Norte já tenha várias bombas atômicas, pois já se processou grande quantidade de plutônio nos reatores de Yongbyon, o que induz pensar em dois motivos de segurança: para atacar algum país (a Coreia do Sul, o Japão ou a China) ou como instrumento de dissuasão. Descarta-se a primeira razão, pois o uso de armas nucleares contra qualquer um desses países detonaria uma imediata retaliação dos aliados, liderados pelos Estados Unidos, que parecem temer a aquisição de armas nucleares pelos países que se opõem à ingerência de Washington nos interesses nacionais do Irã, Coréia do Norte, Síria, Sudão, Líbia e Cuba.

O medo do uso inadequado da bomba atômica fez com que cinco países da Organização do Tratado do Atlântico Norte — Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Noruega e Holanda — decidissem pedir a retirada do arsenal atômico norte-americano armazenado na Europa. De acordo com uma fonte próxima ao governo belga, citada pela agência France-Presse, a iniciativa refere-se às cerca de 240 bombas da época da Guerra Fria guardadas na Alemanha, Bélgica, Itália e Turquia.

[Correio Brasiliense - France Press]

[Charge de Cícero: ciceroart.blogspot.com]

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