O rio Itapecerica de Divinópolis requer maior atenção


Chegou a hora de fazer as contas e ver o que vai sobrar do rio Itapecerica e dos mananciais que o alimentam. Politicagem de lado, mangas arregaçadas, espírito de cooperação e mutirão (como estimulava o saudoso Simão Salomé de Oliveira), são as melhores atitudes.
Memórias de uma época - VI

20100301

Segundo maior terremoto do Chile

Os efeitos do terremoto no Chile foram muito menores que no Haiti, sem dúvida, devido ao estado de preparação do país, incluindo as normas de construção

O tremor no Chile, de 8,8 richters (escala de 1 a 10), o segundo maior da história mundial, (cientistas estimam que 100 vezes mais forte que o do Haiti), não causou tanta mortandade de gente, por esta ter mais conhecimento do fenômeno. Os tremores ali já são esperados. É uma zona de sismos, faz parte da história daqueles povos do Pacífico e dos Andes. Ali se tocam duas placas tectônicas: a placa continental Sul-Americana pressionando a placa oceânica de Nazca contra a placa do Pacífico, o que fez elevar a Cordilheira dos Andes, nos primórdios.

Nas áreas de risco, as construções chilenas devem obedecer a padrões de segurança e resistência a tremores de alta intensidade (por lei), o plano de normalização do país após o evento também faz parte da segurança nacional (entrando em ação, no mesmo instante), e há pouca surpresa para a população, porque os meios de comunicação, as estações sismológicas e as escolas, mantêm o terremoto como um evento natural, integrado á vida do chileno, ao qual se precisa estar atento.


Ainda assim, mais de 750 mortos estão confirmados, a maioria na região de Maule, em Bio Bio e em outras áreas do Chile. A maioria das vítimas (90%) morreu durante o sono, já que o sismo foi registrado às 03:34 locais. Há mais de dois milhões de pessoas desalojadas e 1,5 milhões de habitações danificadas. Concepción (no epicentro), a segunda maior cidade do país (200 mil habitantes), foi a zona mais castigada pelo abalo, onde vários prédios ficaram completamente destruídos e algumas pontes ruíram.

Em comparação

Para Roger Bilham, professor de geologia da Universidade do Colorado, as condições e a localização dos terremotos que atingiram Chile e Haiti talvez expliquem porque um abalo muito superior, como o chileno, causou um número mínimo de vítimas em relação ao fenômeno que devastou o Haiti, em janeiro passado.

Até o momento, o terremoto do Chile, de 8,8 graus, deixou cerca de 750 mortos, enquanto o tremor no Haiti, de 7,7 graus, matou mais de 220 mil pessoas. No Chile, o abalo de sábado passado teve seu epicentro a 115 km da cidade de Concepción e a 325 km de Santiago, mas no Haiti o epicentro foi a 25 km de Porto Príncipe, a capital do país. No Haiti, a pouca profundidade do tremor, a cerca de 10 km da superfície, multiplicou a violência das vibrações e amplificou os danos no solo. Já no Chile, o epicentro foi cerca de 35 km sob o oceano, o que reduziu o impacto, apesar de produzir um tsunami.

Mas a diferença entre os dois sismos não se deve apenas ao epicentro do tremor e sua profundidade, mas, sim, ao fato de o Chile estar muito melhor preparado que o Haiti para enfrentar qualquer abalo desta intensidade. Esta também é a opinião da empresa norte-americana EQECAT, especializada na avaliação de riscos, segundo a qual as normas chilenas de construção "minimizaram o potencial de destruição" do terremoto. Nessa mesma linha de avaliação, a organização Architecture for Humanity estimou que os efeitos do terremoto no Chile "foram muito menores que no Haiti (...) sem dúvida devido ao estado de preparação do país, incluindo as normas de construção...".

Segundo o professor Bilham,"se um prédio cai durante um terremoto é porque foi fortemente sacudido ou porque foi mal construído (...) No Haiti, os prédios eram muito frágeis. Quem os construiu, há 20 ou 30 anos, fez túmulos para seus ocupantes".

Em Porto Príncipe, onde vivem dois milhões de habitantes, apenas dois prédios foram construídos para enfrentar terremotos, e ambos resistiram ao abalo de 12 de janeiro.

Outro aspecto a se destacar é o da preparação dos moradores das áreas de risco para os eventuais tremores. No Haiti, a população não foi preparada e nem avisada, mesmo sendo aquela região sujeita a sismos e furacões frequentes. Dá o que pensar!

Quanto às  consequências sociais dos terremoto, tanto no Haiti e como no Chile, elas foram semelhantes: a falta de água potável e de alimento, muitas pessoas feridas e desabrigadas, a ação dos saqueadores de supermercados e mercearias, disputas violentas entre necessitados etc.

O terremoto do Chile reduziu a duração do dia e inclinou o eixo terrestre. Leia sobre esses fenômenos em DIAS MAIS CURTOS, CLIMAS MAIS ACENTUADOS

1 Comentário(s):

Anônimo,  9 de mar. de 2010, 09:28:00  

Pesquisadores de quatro universidades dos Estados Unidos fizeram aferições com equipamentos de GPS e constataram que o terremoto que atingiu o Chile, no último dia 27, provocou um deslocamento de mais de três metros da cidade de Concepción, em direção ao oeste, e alterou a posição geográfica de outras cidades chilenas e argentinas. Santiago, a capital chilena, se movimentou quase 27 centímetros para o oeste, e Buenos Aires, cerca de 4 centímetros na mesma direção.

Os cálculos preliminares das alterações geográficas fazem parte do projeto GPS Sul e Centro dos Andes, que desde 1993 mede as deformações causadas pelos terremotos ocorridos nessa região da cadeia montanhosa.

[ScienceDaily.com - EFE]

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