O rio Itapecerica de Divinópolis requer maior atenção


Chegou a hora de fazer as contas e ver o que vai sobrar do rio Itapecerica e dos mananciais que o alimentam. Politicagem de lado, mangas arregaçadas, espírito de cooperação e mutirão (como estimulava o saudoso Simão Salomé de Oliveira), são as melhores atitudes.
Memórias de uma época - VI

20100330

A autocrítica do crítico

A autocrítica de Anton Ego, no desenho Ratatouille

 O rato Remy e o cozinheiro Linguini

Ao final do desenho Ratatouille, o crítico de culinária Anton Ego, após experimentar uma deliciosa sopa preparada pelo rato-chef Remy e seu parceiro Linguini, escreve uma crônica. É uma reflexão sobre o ato de criticar e o pré-conceito que lhe dá conteudo.
Eles me abalaram profundamente. No passado, nunca escondi o meu desdém pelo famoso lema do chef Gusteau: - Qualquer um pode cozinhar! Mas vejo que só agora realmente compreendo o que ele quis dizer.

O trabalho de um crítico é fácil; nós arriscamos pouco e temos prazer e desfrutamos de uma posição sobre aqueles que oferecem seu trabalho e a si mesmos ao nosso julgamento. Nós prosperamos na crítica negativa que é divertida de se escrever e ler.

Mas a dura realidade que nós, críticos, temos de encarar, é a de que, no todo, uma porcaria medíocre é provavelmente mais significativa do que a crítica que assim a designa.

Mas há vezes em que um crítico, realmente, arrisca algo e isto é na descoberta e na defesa do novo. O mundo, geralmente, é hostil com novos talentos, novas criações.

O novo precisa de amigos e de incentivo. Ontem, à noite, eu experimentei algo novo, uma refeição notável de uma fonte excepcionalmente inesperada. Se dissesse que tanto a refeição como quem a preparou desafiaram meus preconceitos sobre a boa culinária eu estaria me contendo.

Nem todos podem se tornar um grande artista, mas um grande artista pode vir de qualquer lugar. É difícil imaginar origens mais humildes. (Anton Ego, 2007)
Eis o que dissera Gusteau, sobre a capacidade de cozinhar:
A grande cozinha não é para os fracos de coração. Você tem que ter imaginação, coração forte. Você tem que tentar coisas que podem não funcionar. Mas não pode deixar ninguém definir seus limites... pelo lugar de onde você vem. Seu único limite é a sua alma. O que eu digo é verdade. Qualquer um pode cozinhar! Mas apenas os destemidos podem ser grandes!

[Ratatouille, direção e roteiro por Brad Bird; realização Pixar; baseado na história de Brad Bird, Jim Capobianco e Jan Pinkawa, 2007]

Uma receita de Ratatouille

20100323

O falso pluripartidarismo brasileiro

A pluralidade partidária brasileira é uma farsa, pois existem 27 legendas oficialmente registradas no TSE, em sua maioria, de composição (fisiologismo), mas não de competição

Na verdade, o modelo político brasileiro, desde 1994, está baseado em três grandes partidos nacionais - PMDB, PT e PSDB - aos quais uma dezena de legendas médias regionais e outras tantas menores de pouca expressão se agregam para viver das benesses oferecidas em ministérios e estatais. São os casos do PC do B (que controla o Ministério dos Esportes e utiliza seus programas para recrutar militantes); do PR (dono do Ministério dos Transportes, que utiliza suas obras para fazer política); do PP (mandante do Ministério das Cidades, em troca de apoio ao Governo Lula no Congresso); do PDT (que se sente herdeiro de Getúlio Vargas, com o Ministério do Trabalho); e do PSB (com o Ministério de Ciência e Tecnologia), entre outros.


O PMDB, um dos maiores, domina seis ministérios (Agricultura, Comunicações, Defesa, Integração Nacional, Minas e Energia e Saúde) e para manter essa posição abriu mão da disputa pelo poder nas últimas três eleições. É provavel que indique candidato a vice na chapa da ministra Dilma Rousseff da Casa Civil.

Em estudo sobre partidos e parlamentares brasileiros, desde o processo de redemocratização do País, em meados dos anos 1980, até os dias atuais, o cientista político Antonio Augusto de Queiroz conclui que, à exceção dos que estão na disputa, os outros partidos não têm vocação para o poder. “Quem quer se tornar grande luta numa eleição, em vez de aderir a outra legenda”. Na opinião desse autor, o que acontece no Brasil é ruim tanto para a democracia quanto para a renovação das ideias, visto que não surgem novas propostas nem novas utopias.

O cientista político José Paulo Martins Júnior, doutor em Ciência Política e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP), também acha um exagero a existência de 27 partidos políticos, pois alguns nem podem ser chamados de partidos: "Boa parte é constituída por organizações que têm apenas o rótulo de partido."

Na opinião de Martins Júnior, somente uns dez partidos têm algum peso, “e se se olharmos melhor, nacionais mesmo existem o PMDB, o PT e o PSDB, sendo que este último, dos tucanos, depende em parte do parceiro DEM para se tornar nacional".

Segundo o cientista ainda, a disputa presidencial tende a levar à bipolarização. "Os que não conseguem entrar nesse seletíssimo grupo têm de gravitar em torno de quem está no poder."

Hoje, de acordo com dados do TSE, 12,1 milhões de brasileiros são filiados a partidos políticos, o que corresponde a menos de 10% do total de eleitores habilitados. Esse número, apesar de mostrar o baixo envolvimento político dos brasileiros, mostra também, com muita clareza, a incapacidade de atração dos partidos e a péssima qualidade dos trabalhos realizados pelas bases.

 Os maiores partidos

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20100309

Mulheres, vulneráveis ao aquecimento global

As mulheres são mais vulneráveis que os homens aos efeitos do aquecimento global, representando cerca de 80% dos refugiados do planeta

Campo de refugiados de Djoran, fronteira nordeste entre o Chade e o Sudão

O aquecimento global não ameaça igualmente todas pessoas, considerando-se que os impactos na produção de alimentos, as severas tempestades e as secas, entre outros fatores, atingem as nações mais pobres com maior intensidade do que as mais ricas, e atingem mais as mulheres que os homens.

De acordo com o estudo "Gênero e agenda das mudanças climáticas", publicado esta semana pelo Women's Environmental Network (WEN), com sede no Reino Unido, mais de 10 mil mulheres morrem a cada ano por causa de desastres relacionados ao clima, como tempestades tropicais e secas, frente a um total de apenas 4,5 mil homens.

As mulheres compreendem também 20 milhões de um total de 26 milhões de pessoas que tiveram que sofrer deslocamentos por causa do aquecimento global. Essas discrepâncias são ainda mais fortes em países onde falta igualdade de gêneros.

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20100301

Segundo maior terremoto do Chile

Os efeitos do terremoto no Chile foram muito menores que no Haiti, sem dúvida, devido ao estado de preparação do país, incluindo as normas de construção

O tremor no Chile, de 8,8 richters (escala de 1 a 10), o segundo maior da história mundial, (cientistas estimam que 100 vezes mais forte que o do Haiti), não causou tanta mortandade de gente, por esta ter mais conhecimento do fenômeno. Os tremores ali já são esperados. É uma zona de sismos, faz parte da história daqueles povos do Pacífico e dos Andes. Ali se tocam duas placas tectônicas: a placa continental Sul-Americana pressionando a placa oceânica de Nazca contra a placa do Pacífico, o que fez elevar a Cordilheira dos Andes, nos primórdios.

Nas áreas de risco, as construções chilenas devem obedecer a padrões de segurança e resistência a tremores de alta intensidade (por lei), o plano de normalização do país após o evento também faz parte da segurança nacional (entrando em ação, no mesmo instante), e há pouca surpresa para a população, porque os meios de comunicação, as estações sismológicas e as escolas, mantêm o terremoto como um evento natural, integrado á vida do chileno, ao qual se precisa estar atento.


Ainda assim, mais de 750 mortos estão confirmados, a maioria na região de Maule, em Bio Bio e em outras áreas do Chile. A maioria das vítimas (90%) morreu durante o sono, já que o sismo foi registrado às 03:34 locais. Há mais de dois milhões de pessoas desalojadas e 1,5 milhões de habitações danificadas. Concepción (no epicentro), a segunda maior cidade do país (200 mil habitantes), foi a zona mais castigada pelo abalo, onde vários prédios ficaram completamente destruídos e algumas pontes ruíram.

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