O rio Itapecerica de Divinópolis requer maior atenção


Chegou a hora de fazer as contas e ver o que vai sobrar do rio Itapecerica e dos mananciais que o alimentam. Politicagem de lado, mangas arregaçadas, espírito de cooperação e mutirão (como estimulava o saudoso Simão Salomé de Oliveira), são as melhores atitudes.
Memórias de uma época - VI

20101228

Bacharéis na OAB sem Exame de Ordem?

Dois bacharéis em direito ingressaram com mandado de segurança na Justiça Federal do Ceará para terem efetivadas suas inscrições na OAB sem a prévia aprovação no exame de ordem. Receberam liminar favorável e inédita em segunda instância e aguardam decisão do STF

Uma liminar determinando que a OAB inscreva bacharéis em direito como advogados, sem exigir aprovação no Exame Nacional da Ordem, concedida pelo Tribunal Regional Federal do Ceará (TRF- 5ª Região), em 13/12/2010, disparou aceso debate nacional sobre o tema. Inda mais que a decisão baseou-se na inconstitucionalidade da exigência do Exame e na ilegitimidade da Ordem dos Advogados em realizá-lo, considerando ainda que entre as finalidades da OAB não está a de “verificar se o bacharel em ciências jurídicas e sociais, que busca se inscrever em seus quadros pode exercer a profissão que o diploma superior lhe confere”.

Eis alguns trechos da decisão:
A douta decisão agravada, f. 16-20, indeferiu a liminar, dentro do entendimento que reclama citação:

Nesse matiz, deve-se ter em mente que a Constituição Federal, em seu art. 5º., XII, ao assegurar o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, afasta quaisquer ilações no sentido da inconstitucionalidade da norma inserta no inciso IV do art. 8º. Da Lei 8.906/94, ante a sua natureza de norma de aplicabilidade imediata e eficácia contida, reduzível ou restringível, o que significa dizer que a lei pode estabelecer qualificações para o exercício da advocacia, como fez, de fato, o art. 8º, da Lei 8.906/94, ao exigir o Exame de Ordem, f. 19.
Pois muito bem.
No enfrentamento da matéria, excluí-se o fato de ser a única profissão no país, em que o detentor do diploma de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, ou do Bacharel em Direito, para exercê-la, necessita se submeter a um exame, circunstância que, já de cara, bate no princípio da isonomia.

Mas, não fica só aí.

A regulamentação da lei é tarefa privativa do Presidente da República, a teor do art. 84, inc. IV, da Constituição Federal, não podendo ser objeto de delegação, segundo se colhe do parágrafo único do referido art. 84.

Se só o Presidente da República pode regulamentar a lei, não há como conceber possa a norma reservar tal regulamentação a provimento do Conselho Federal da OAB.

Saindo do campo constitucional, pairando apenas no da lei ordinária, ao exigir do bacharel em ciências jurídicas e sociais, ou, do bacharel em Direito, a aprovação em seu exame, para poder ser inscrito em seu quadro, e, evidentemente, poder exercer a profissão de advogado, a agravada está a proceder uma avaliação que não se situa dentro das finalidades que a Lei 8.906 lhe outorga (...).

AGTR 112287/CE (0019460-45.2010.4.05.0000)
ORIGEM: 2ª Vara Federal do Ceará
RELATOR: Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO
Para o desembargador cearense Vladimir Souza Carvalho, relator do recurso, o Estatuto da OAB, que garante à Ordem a seleção dos advogados em toda a República Federativa do Brasil, invalidaria a realização de avaliações realizadas no decorrer do curso pelas instituições de ensino. "Trata-se de esforço inútil, sem proveito, pois cabe à OAB e somente a ela dizer quem é ou não advogado."

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20100811

Uso de veículos não tripulados na guerra

As forças de combate mais poderosas do mundo, que antes se abstinham de usar robôs por considerá-los impróprios para sua cultura guerreira, já adotaram a “guerra das máquinas”

Desde os anos 1970, cientistas, engenheiros, fornecedores do ramo de defesa e oficiais de guerra de muitos países tentam essencialmente resolver o mesmo problema: como construir máquinas capazes de operar por si mesmas, sem controle humano, e convencer tanto o público quanto relutantes chefes militares de que robôs no campo de batalha são uma boa idéia.

Membros da Associação para Sistemas Internacionais Não-Tripulados, no início, composta de pouco mais de 30 cientistas, agora compreende mais de 1,5 mil empresas associadas e organizações de 55 países, o que comprova a impressionante evolução na tecnologia robótica com fins bélicos ou de defesa. Trata-se de uma das mais profundas mudanças nas técnicas de guerra modernas desde o advento da pólvora e do aeroplano: um aumento assombrosamente rápido no uso de robôs no campo de batalha.

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20100609

Conselho da Onu repele acordo com Irã

Aprovando novas sanções contra o Irã, o Conselho da ONU retirou sua máscara de idoneidade para a solução das questões mundiais


O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pressionados pelas maiores potências nucleares – Rússia (5.192 ogivas), Estados Unidos (4.075 ogivas) e França (300 ogivas)... quase 10 mil ogivas prontas para serem acionadas – votou, nesta quarta, uma resolução prevendo novas sanções contra o Irã, porque esse país também quer usar energia nuclear com fins pacíficos.

O desrespeito ao acordo celebrado pelo Brasil e o Irã, com apoio estratégico da Turquia (que vem se afastando da política militar de Israel) deve ser constrangedor para os estadunidenses, russos e franceses bem informados, honestos e dignos. A solução pela via diplomática e pelo diálogo foi repelida com gracejos pelo governo dos Estados Unidos, com descrença manifesta dos russos e oportunismo da França.

Mesmo que o Conselho de Segurança da ONU não aprovasse mais sanções ao Irã, essa reunião sinalizou que nenhum acordo internacional feito ou não sob sua aquiescência tem validade garantida. E mais, demonstra que o mundo não se divide em Ocidente e Oriente, Norte e Sul, ricos e pobres, mas em nações que têm ogivas nucleares (ou bombas) ou podem construí-las e as que não têm; dividem-se em nações belicistas e nações pacifistas.

Para os belicistas atômicos, o diálogo de líderes, o acordo, a negociação e outros recursos diplomáticos para solução de crises e questões graves entre nações livres são ingenuidades. Para os pacifistas, não; a solução diplomática deve ser tentada até o último instante, como fez o Itamaraty e o governo brasileiro.

Aprovando novas sanções contra o Irã, o Conselho da ONU retirou, mais uma vez, sua máscara de idoneidade para a solução das questões mundiais, apoiando uma ameaça à soberania de um povo por desconfiar de seus governantes. Que moral teria um órgão desses para fiscalizar a inaceitável situação de Israel em Gaza, massacrando o povo palestino? Violando o direito internacional na cara-dura? Nem Israel aceita, porque a ONU não é uma organização confiável mais.

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20100522

Célula sintética sugere cautela

A criação de uma célula sintética, a partir de um DNA produzido em programa de computador, é um novo marco na ciência, ainda que envolto em apreensão sobre os riscos desta nova tecnologia

A célula foi criada pela junção do genoma de uma célula chamada Mycoplasma mycoides a partir de trechos menores de DNA sintetizados no laboratório, e pela inserção do genoma no núcleo vazio de uma outra bactéria. O genoma transplantado passou a operar na célula hospedeira, e depois se replicou em bilhões de células Mycoplasma mycoides.

O cientista Craig Venter, um dos responsáveis pela decodificação do genoma humano, e sua equipe introduziram marcadores ou informações, no genoma sintético:  nomes de 46 cientistas do projeto e várias citações literárias e filosóficas (incluindo James Joyce, Robert Oppenheimer e Richard Feynman).

Venter diz que não criou vida, mas a primeira célula sintética. “Nós definitivamente não criamos vida do zero porque usamos uma célula recipiente para inicializar o cromossomo sintético”, esclarece. Este  trabalho serviu para provar uma hipótese, mas futuras células sintéticas poderiam ser usadas para criar remédios, biocombustíveis e outros produtos úteis.

A equipe de Venter tirou os genes que permitem que Mycoplasma mycoides causem doença. A bactéria também foi moldada de forma a não crescer fora do laboratório. Apesar de tudo, o feito biotecnológico dividiu as opiniões mundiais.

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20100408

Velhas alianças rachadas

Não só transformações climáticas e geológicas estão afetando o planeta, mas também as mudanças na política mundial, com o surgimento de novos atores e a nova superpotência chinesa.


A crise com epicentro nos Estados Unidos vai alcançando com intensidades diferentes cada região do globo. Marolas, em poucos casos; em outros, ondas poderosas capazes de abalar velhas alianças e abrir espaço para novos atores, permitindo vislumbrar grandes mudanças.

É a ascenção da China, capaz de suplantar os EUA; é Alemanha se distanciando de Washington e se aproximando da Rússia; a Turquia se distanciando de Israel e se aproximando da Síria e do Irã; o Japão colidindo com a política militar do Pentágono e acenando amistosamente para a China.

São os setores da União Européia pedindo a entrada da Rússia na OTAN; o Brasil contrapondo os interesses nacionais aos da Casa Branca; e os economistas da Alemanha e da França cogitando criar o Fundo Monetário Europeu, desconfiados da seguraça de Wall Street e do dolar.

É o “começo de um profundo rearranjo que não deixará nada em seu lugar”, prevê o jornalista/pesquisador Raul Zibech (31-Mar-2010), após analisar algumas mudanças em andamento.
“A profundidade da crise em curso debilita o papel dos EUA no mundo, a tal ponto, que toda a rede de alianças tecida desde 1945 está fazendo barulho. Os ruídos se escutam nos rincões mais inesperados do planeta, e ainda que não tenham a envergadura dos casos estudados, merecem um acompanhamento para confirmar o crescimento da tensão nas relações internacionais” (Zibech, 2010).
[Raúl Zibechi, jornalista, pesquisador da Multiversidad Franciscana de América Latina].

20100330

A autocrítica do crítico

A autocrítica de Anton Ego, no desenho Ratatouille

 O rato Remy e o cozinheiro Linguini

Ao final do desenho Ratatouille, o crítico de culinária Anton Ego, após experimentar uma deliciosa sopa preparada pelo rato-chef Remy e seu parceiro Linguini, escreve uma crônica. É uma reflexão sobre o ato de criticar e o pré-conceito que lhe dá conteudo.
Eles me abalaram profundamente. No passado, nunca escondi o meu desdém pelo famoso lema do chef Gusteau: - Qualquer um pode cozinhar! Mas vejo que só agora realmente compreendo o que ele quis dizer.

O trabalho de um crítico é fácil; nós arriscamos pouco e temos prazer e desfrutamos de uma posição sobre aqueles que oferecem seu trabalho e a si mesmos ao nosso julgamento. Nós prosperamos na crítica negativa que é divertida de se escrever e ler.

Mas a dura realidade que nós, críticos, temos de encarar, é a de que, no todo, uma porcaria medíocre é provavelmente mais significativa do que a crítica que assim a designa.

Mas há vezes em que um crítico, realmente, arrisca algo e isto é na descoberta e na defesa do novo. O mundo, geralmente, é hostil com novos talentos, novas criações.

O novo precisa de amigos e de incentivo. Ontem, à noite, eu experimentei algo novo, uma refeição notável de uma fonte excepcionalmente inesperada. Se dissesse que tanto a refeição como quem a preparou desafiaram meus preconceitos sobre a boa culinária eu estaria me contendo.

Nem todos podem se tornar um grande artista, mas um grande artista pode vir de qualquer lugar. É difícil imaginar origens mais humildes. (Anton Ego, 2007)
Eis o que dissera Gusteau, sobre a capacidade de cozinhar:
A grande cozinha não é para os fracos de coração. Você tem que ter imaginação, coração forte. Você tem que tentar coisas que podem não funcionar. Mas não pode deixar ninguém definir seus limites... pelo lugar de onde você vem. Seu único limite é a sua alma. O que eu digo é verdade. Qualquer um pode cozinhar! Mas apenas os destemidos podem ser grandes!

[Ratatouille, direção e roteiro por Brad Bird; realização Pixar; baseado na história de Brad Bird, Jim Capobianco e Jan Pinkawa, 2007]

Uma receita de Ratatouille

20100323

O falso pluripartidarismo brasileiro

A pluralidade partidária brasileira é uma farsa, pois existem 27 legendas oficialmente registradas no TSE, em sua maioria, de composição (fisiologismo), mas não de competição

Na verdade, o modelo político brasileiro, desde 1994, está baseado em três grandes partidos nacionais - PMDB, PT e PSDB - aos quais uma dezena de legendas médias regionais e outras tantas menores de pouca expressão se agregam para viver das benesses oferecidas em ministérios e estatais. São os casos do PC do B (que controla o Ministério dos Esportes e utiliza seus programas para recrutar militantes); do PR (dono do Ministério dos Transportes, que utiliza suas obras para fazer política); do PP (mandante do Ministério das Cidades, em troca de apoio ao Governo Lula no Congresso); do PDT (que se sente herdeiro de Getúlio Vargas, com o Ministério do Trabalho); e do PSB (com o Ministério de Ciência e Tecnologia), entre outros.


O PMDB, um dos maiores, domina seis ministérios (Agricultura, Comunicações, Defesa, Integração Nacional, Minas e Energia e Saúde) e para manter essa posição abriu mão da disputa pelo poder nas últimas três eleições. É provavel que indique candidato a vice na chapa da ministra Dilma Rousseff da Casa Civil.

Em estudo sobre partidos e parlamentares brasileiros, desde o processo de redemocratização do País, em meados dos anos 1980, até os dias atuais, o cientista político Antonio Augusto de Queiroz conclui que, à exceção dos que estão na disputa, os outros partidos não têm vocação para o poder. “Quem quer se tornar grande luta numa eleição, em vez de aderir a outra legenda”. Na opinião desse autor, o que acontece no Brasil é ruim tanto para a democracia quanto para a renovação das ideias, visto que não surgem novas propostas nem novas utopias.

O cientista político José Paulo Martins Júnior, doutor em Ciência Política e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP), também acha um exagero a existência de 27 partidos políticos, pois alguns nem podem ser chamados de partidos: "Boa parte é constituída por organizações que têm apenas o rótulo de partido."

Na opinião de Martins Júnior, somente uns dez partidos têm algum peso, “e se se olharmos melhor, nacionais mesmo existem o PMDB, o PT e o PSDB, sendo que este último, dos tucanos, depende em parte do parceiro DEM para se tornar nacional".

Segundo o cientista ainda, a disputa presidencial tende a levar à bipolarização. "Os que não conseguem entrar nesse seletíssimo grupo têm de gravitar em torno de quem está no poder."

Hoje, de acordo com dados do TSE, 12,1 milhões de brasileiros são filiados a partidos políticos, o que corresponde a menos de 10% do total de eleitores habilitados. Esse número, apesar de mostrar o baixo envolvimento político dos brasileiros, mostra também, com muita clareza, a incapacidade de atração dos partidos e a péssima qualidade dos trabalhos realizados pelas bases.

 Os maiores partidos

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20100309

Mulheres, vulneráveis ao aquecimento global

As mulheres são mais vulneráveis que os homens aos efeitos do aquecimento global, representando cerca de 80% dos refugiados do planeta

Campo de refugiados de Djoran, fronteira nordeste entre o Chade e o Sudão

O aquecimento global não ameaça igualmente todas pessoas, considerando-se que os impactos na produção de alimentos, as severas tempestades e as secas, entre outros fatores, atingem as nações mais pobres com maior intensidade do que as mais ricas, e atingem mais as mulheres que os homens.

De acordo com o estudo "Gênero e agenda das mudanças climáticas", publicado esta semana pelo Women's Environmental Network (WEN), com sede no Reino Unido, mais de 10 mil mulheres morrem a cada ano por causa de desastres relacionados ao clima, como tempestades tropicais e secas, frente a um total de apenas 4,5 mil homens.

As mulheres compreendem também 20 milhões de um total de 26 milhões de pessoas que tiveram que sofrer deslocamentos por causa do aquecimento global. Essas discrepâncias são ainda mais fortes em países onde falta igualdade de gêneros.

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20100301

Segundo maior terremoto do Chile

Os efeitos do terremoto no Chile foram muito menores que no Haiti, sem dúvida, devido ao estado de preparação do país, incluindo as normas de construção

O tremor no Chile, de 8,8 richters (escala de 1 a 10), o segundo maior da história mundial, (cientistas estimam que 100 vezes mais forte que o do Haiti), não causou tanta mortandade de gente, por esta ter mais conhecimento do fenômeno. Os tremores ali já são esperados. É uma zona de sismos, faz parte da história daqueles povos do Pacífico e dos Andes. Ali se tocam duas placas tectônicas: a placa continental Sul-Americana pressionando a placa oceânica de Nazca contra a placa do Pacífico, o que fez elevar a Cordilheira dos Andes, nos primórdios.

Nas áreas de risco, as construções chilenas devem obedecer a padrões de segurança e resistência a tremores de alta intensidade (por lei), o plano de normalização do país após o evento também faz parte da segurança nacional (entrando em ação, no mesmo instante), e há pouca surpresa para a população, porque os meios de comunicação, as estações sismológicas e as escolas, mantêm o terremoto como um evento natural, integrado á vida do chileno, ao qual se precisa estar atento.


Ainda assim, mais de 750 mortos estão confirmados, a maioria na região de Maule, em Bio Bio e em outras áreas do Chile. A maioria das vítimas (90%) morreu durante o sono, já que o sismo foi registrado às 03:34 locais. Há mais de dois milhões de pessoas desalojadas e 1,5 milhões de habitações danificadas. Concepción (no epicentro), a segunda maior cidade do país (200 mil habitantes), foi a zona mais castigada pelo abalo, onde vários prédios ficaram completamente destruídos e algumas pontes ruíram.

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20100220

Um mundo com armas nucleares

Se o brilho de mil sóis aparecesse no céu, seria como o esplendor do todo-poderoso. Eu me torno a morte, o destruidor de mundos... Baghavad Gita


O mal uso da energia nuclear seria a bomba atômica, e isso poderia acontecer em muitas partes do mundo. O chefe da equipe de cientistas que descobriu o poder de fissão do átomo, e viu explodir a primeira bomba, em Hiroxima (Japão, 16/07/1945) – Robert J. Oppenheimer do Projeto Manhattan, morto em 1967 – disse, diante do intenso clarão e calor de sua invenção: “Nosso trabalho mudou as condições nas quais os homens vivem, mas o uso feito dessas mudanças é um problema dos governos, não dos cientistas”.

Agora a ameaça da bomba nuclear volta a rondar o planeta, desde o Irã e a Coréia do Norte, desde o Paquistão e a Índia, desde os Estados Unidos e a União Européia, a China e a Rússia e outros países discretos. Entretanto, a mistura de política e religião do Irã de Ali Khamenei, e a valentia do ditador norte-coreano Kim Jong-il causam dúvidas sobre o emprego da energia nuclear para fins pacífico, revelando a intenção militar.

O comunicado oficial divulgado, nesta sexta 19, pela agência estatal norte-coreana KCNA destoa do reiterado compromisso de Kim Jong-il (último dia 8) de desnuclearizar a Península Coreana.
Seria um erro de julgamento, da parte da comunidade internacional, acreditar que Pyongyang abandonará as bombas atômicas em troca de uma ajuda econômica. (...) A Coreia do Norte tem desenvolvido armas atômicas para sua própria defesa e não para ameaçar ninguém ou para receber favores econômicos ou recompensas”
Nesta mesma sexta, o aiatolá Ali Khamenei inaugurou o destróier Jamara (moderna embarcação dotada de mísseis terra-ar), descartando as ambições armamentistas de Teerã, que se recusou a implementar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, manteve em operação a usina de Natanz e anunciou a construção de outras 10 usinas:
Voltamos a ouvir de americanos e europeus as mesmas palavras absurdas de que o Irã pretende fabricar armas nucleares (...) As acusações do Ocidente são infundadas. Nossas crenças religiosas nos impedem de ter esse tipo de armas. Não acreditamos na arma atômica nem queremos consegui-la.

Foi uma reação a um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), divulgado na véspera, segundo o qual o Irã não tem dado mostras de sua intenção pacífica com a energia nuclear.

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20100121

É possível prever terremotos

Uma lista de eventos que precedem a um terremoto, segundo observações em várias partes do mundo


Rua de Porto Príncipe (Haiti), antes do terremoto

A previsão de sismos ainda é uma vunerabilidade da ciência geológica, como afirma Ulisses Capozzoli (Scientist American BR), em matéria d’A Página Com a força de um coração cósmico, mas as recomendações do geólogo Frank Don, autor do livro As transformações que a Terra vai sofrer (Rio de Janeiro, Record, 1981), continuam muito pertinentes e úteis. Para esse autor, “um dos mais importantes aspectos para a preparação de condições para enfrentar os terremotos é a educação do povo”. E cita os chineses e japoneses, entre outras nações sujeitas a atividades sísmicas, como exemplos de que a educação e a preparação reduzem bastante o impacto dessas catástrofes.
E possível, mesmo, que a melhor solução ainda seja a de procurar mitigar os efeitos com o conhecimento das consequências de nossas ações e de um preparo bem ordenado para os possíveis terremotos do futuro (Don, 1981).
Existe uma lista de eventos que precedem a um terremoto, segundo observações científicas em várias partes do mundo, coligidas por Don (1981). Quase todos os eventos estão ligados a um fenômeno conhecido como dilatação, que causam algumas transformações anômalas como estas:

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